Versões críticas do patriarcado no Brasil

O Fórum Zadig Brasil Doces&Bárbaros abordará, desta vez, o ressurgimento do patriarcado, tal como acontece nos dias de hoje, com uma força de penetração que é considerada, por muitos, como a principal fonte do mal-estar contemporâneo. O patriarcado, em sua acepção recente, é um dos conceitos centrais elaborados no seio dos movimentos feministas, desde o seu reaparecimento nos anos sessenta. Segundo esses movimentos, o patriarcado se confunde com o conjunto das formações sociais assentadas em formas históricas e culturais diversas nas quais prevalece a dominação dos homens sobre as mulheres. Portanto, muito desse retorno se faz em função dos gender studies que têm origem nas universidades americanas e que repercutem de modo marcante nas mídias digitais. É preciso considerar que a implantação do patriarcado no Brasil tem uma história, e que a sua crítica é também marcada por uma diversidade de tendências que lhe conferem uma singularidade própria. É a partir deste ângulo das diversas versões críticas, que decidimos realizar, no dia 20 de outubro, na sede da Seção Minas da EBP, das 18:00 às 22:00, um Fórum sobre o tema com o seguinte título: “Versões críticas do patriarcado no Brasil”. Perspectiva histórica (ordem patriarcal de gênero): há uma primeira perspectiva crítica que resulta da historiografia brasileira, que postula que a cultura patriarcal no Brasil surge com a colonização do país no século XVI, tendo o homem como figura que detinha a autoridade, o poder político e econômico. Convém notar que a maior parte desses estudos históricos se baseia nos estudos de gêneros, ou seja, a sociedade patriarcal surge a partir da desigualdade de gênero presente principalmente no seio da família colonial. Enfatiza-se que a articulação entre gênero e patriarcado culmina na construção teórico-metodológica da categoria de “ordem patriarcal de gênero”. É o que permite estender o patriarcado para outras

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A Psicanálise na Mira dos Cientificamente Corretos

Por Luis Francisco Camargo O conceito de ciência possui certo grau de vaguidade COSTA, 2018.  A psicanálise mais uma vez é atacada pelos cientificamente corretos, gratuitamente, ou em vista de objetivos obscuros e espúrios? Desta vez é por Nathália Pasternak e Carlos Orsi, cujos critérios de demarcação sobre o que é ou não é ciência sequer são explicitados. Quantas bobagens se podem esperar daqueles que se autorizam a falar sobre um assunto que desconhecem? O debate sobre a relação entre a psicanálise e a ciência não é de hoje. A acusação feita à psicanálise de pseudociência sempre foi sustentada, salvo exceções, por falácias do tipo “invenção de fatos”, “explicação incompleta e superficial”, “petição de princípio”, “erros de definição” e, principalmente, pela ecolalia da crítica popperiana dos anos 50, que atacava não só a descoberta de Freud, mas outras ciências como a biologia evolucionista, a economia, a sociologia e todas as psicologias clínicas, herança kantiana na “Crítica da Razão Pura”. A psicanálise fora objeto de uma análise crítica de Popper devido aos seus laços de amizade com Alfred Adler e a simpatia que seu pai tinha pelas ideias de Freud. “Meus encontros com a psicologia individual de Alfred Adler e com a psicanálise de Freud foram semelhantes ao meu encontro com o marxismo, mas muito significativos embora tudo ocorresse mais ou menos simultaneamente. […] Com efeito, foi nessa mesma época que entrei em contato com as ideias de Einstein, que se tornaram a influência dominante em meu próprio pensar […] (POPPER, 1986, p. 43). Popper tinha como modelo para todas as ciências a física einsteiniana. Os critérios de demarcação de Popper incidiam sobre dois pontos: (1) o abandono do método indutivo e sua respectiva solução por meio da demarcação (2) de seu critério de falseabilidade, sobretudo ligado a teoria decorrente dos experimentos. O critério de

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FÓRUM “Liberdade de expressão e neofascismo”

[vc_row][vc_column width=”2/3″][vc_column_text]LA MOVIDA ZADIG – DOCES & BÁRBAROS CONVIDA PARA: FÓRUM “Liberdade de expressão e neofascismo” 6 de agosto de 2022 das 9h ÀS 14h O Fórum será realizado presencialmente até o limite de vagas e também por transmissão via Zoom Valor: R$ 100,00 para profissionais/ R$ 70,00 para estudantes e alunos dos institutos do CF. (necessário comprovação) Enviar e-mail com comprovante de depósito e nome completo para: ebp@ebp.org.br. Pagamento por PIX: inscricaoebp44@gmail.com Hotel Intercity Portofino – Florinópolis – SC – Rodovia SC- 401, 3270 – Saco Grande – 88032-005 Telefone e whatsApp para reservas – 48 3112 5200 ( Aos participantes do Forum que se hospedarem no hotel, haverá um desconto no valor da diária – comunicar no momento da reserva) [/vc_column_text][vc_empty_space][vc_row_inner][vc_column_inner width=”1/2″][vc_btn title=”Inscrição presencial” color=”juicy-pink” link=”url:https%3A%2F%2Fforms.gle%2FMm9wmS7gPGEvfbLs9″][/vc_column_inner][vc_column_inner width=”1/2″][vc_btn title=”Inscrição online” color=”juicy-pink” link=”url:https%3A%2F%2Fforms.gle%2Fbfzc65BoyZxefKRy9″][/vc_column_inner][/vc_row_inner][/vc_column][vc_column width=”1/3″][vc_single_image image=”5676756″ img_size=”full” onclick=”link_image”][vc_column_text] clique para ampliar [/vc_column_text][/vc_column][/vc_row][vc_row][vc_column][vc_empty_space][vc_separator color=”juicy_pink” border_width=”3″][vc_empty_space][vc_column_text] ARGUMENTO A LIBERDADE DE EXPRESSÃO E O NEOFASCISMO Jésus Santiago “Nossa herança não é precedida por nenhum testamento.” (René Char) Vamos realizar no dia 6 de agosto de 2022, um Fórum Zadig/Doces&Bárbaros sobre um tema que se supunha ultrapassado em nossos tempos: A liberdade de expressão e o neofascismo. Afastadas durante as últimas décadas da Conversação política internacional, as ideias totalitárias e as linguagens contrárias à vida civilizada retornam, no cenário mundial atual, de modo surpreendente e nefasto. É um erro considerar que as ideologias políticas características do século XX – como é caso do fascismo – estão extintas, como se o processo civilizatório não sofresse retrocessos ou estivesse imune às contingências históricas. O emprego do termo neofascista para caracterizar a emergência dos movimentos de extrema-direita se faz necessário, pois é o que torna legível o contexto político no qual se evidencia a multiplicação de discursos e de atos assimiláveis ao chamado fascismo histórico.[1] Não são poucos os

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