Do que acontece na cidade, muita coisa concerne aos psicanalistas. Mais ainda em um tempo e em um lugar como os nossos, que caminham tantas vezes em direção ao pior. O que Freud aprendeu e ensinou sobre a subjetividade vale igualmente para o esforço conceitual da psicanálise: as alteridades mais relevantes são, na verdade, internas.
Ligar nosso Radar não é, portanto, um movimento secundário e recreativo, mas sim um gesto primário e constitutivo; nossas teorias e nossas práticas são permanentemente informadas pelas trocas com o que pulsa em nosso território.
Canções, imagens, filmes, exposições, textos e tantas outras produções culturais sempre foram nossos aliados, mas alguns nos tocam mais diretamente, por provocarem aberturas de um jeito afim à experiência do inconsciente. Deles nos serviremos, não como analogias, nem como exemplos, mas como lições para prosseguir no rastro de Freud e de Lacan, ainda que por novos caminhos.
Coordenação: Rodrigo Lyra Carvalho
Equipe:
- Daniele Menezes
- Jefferson Nascimento
- Lourenço Astua de Moraes
- Marcus André Vieira
- Marina Morena Torres