Apresentação Seminário Escola e Efeitos de Formação

Coordenadores: Paula Borsoi e Rodrigo Lyra
Datas: 3/05; 7/06; 23/08; 22/11
Hora: 20h
Tomàs Saraceno, Galaxies Forming along Filaments, Like Droplets along the Strands of a Spider’s Web, 2009.

A escola de Lacan é concebida como um coletivo paradoxal, pois, como aponta J.-A. Miller, é “onde se reúnem aqueles que não se assemelham a não ser pelo fato de estarem no trabalho de ir ao encontro de sua diferença absoluta” (2009, p. 8). É paradoxal, ademais, por ser o lugar de uma formação – a formação do psicanalista -, mas se dedicar, sobretudo, a manter aberta a pergunta sobre o que é ser psicanalista.

A especificidade radical desse coletivo não deve, contudo, isolá-lo do mundo que o cerca. No Campo Freudiano, a relação essencial entre o psicanalista e o ambiente onde ele pode existir foi, nos últimos anos, especialmente destacada. O trabalho de pensar a psicanálise na direção da política responde, ainda, ao profundo mal-estar da nossa civilização, mentirosa, segregacionista, polarizada, mortífera.

Eric Laurent oferece uma baliza valiosa desse movimento: “levar a psicanálise à política é levar a ética da identificação dessegregativa a esse campo”. Em seguida, acrescenta algo essencial: “precisamos de uma experiência disto e não de um ideal” (2020, p.56). 

Para o psicanalista, a experiência é, naturalmente, a Escola. 

Nesse Seminário, vamos investigar como os princípios norteadores da Escola se materializam na atualidade e como deve ser pensada nossa experiência coletiva em meio ao desafio de transmitir a identificação não segregativa.

Bibliografia: 

Laurent, E. (2020) “Política do passe e identificação dessegregativa. In: Opção Lacaniana, n. 82. São Paulo: Eolia. 

Miller, J.-A. (2009) “Qual a política lacaniana para 2009?”. In: Opção Lacaniana, n. 53. São Paulo: Eolia.

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