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“Analista trauma”

Sigmund Freud

“Nas neuroses traumáticas, a causa atuante da doença não é o dano físico insignificante, mas o afeto do susto − o trauma psíquico” (p. 43)

FREUD, S. Sobre o mecanismo psíquico dos fenômenos histéricos: Comunicação Preliminar. In.: FREUD, S. Edição Standard Brasileira das Obras Completas de Sigmund Freud. Rio de Janeiro: Imago, 1980.

 

“De fato, poder-se-ia dizer que, no caso das neuroses de guerra, em contraste com as neuroses traumáticas puras e de modo semelhante às neuroses de transferência, o que é temido é, não obstante, um inimigo interno” (p. 263)

FREUD, S. A psicanálise e as neuroses de guerra. In.: FREUD, S. Edição Standard Brasileira das Obras Completas de Sigmund Freud. Rio de Janeiro: Imago, 1980.

“Superestimei a frequência desses acontecimentos (aliás, impossíveis de pôr em dúvida), ainda mais que, naquele tempo, não era capaz de estabelecer, com segurança, a distinção entre as ilusões de memória dos histéricos sobre sua infância e os vestígios de eventos reais” (p. 357-359)

FREUD, S. Carta 69, 21 de setembro de 1897. In.: FREUD, S. Edição Standard Brasileira das Obras Completas de Sigmund Freud. Rio de Janeiro: Imago, 1980.

 

“Descrevemos como ‘traumáticas’ quaisquer excitações provindas de fora que sejam suficientemente poderosas para atravessar o escudo protetor. Parece-me que o conceito de trauma implica, necessariamente, uma conexão desse tipo com uma ruptura numa barreira, sob outros aspectos, eficaz contra os estímulos” (p. 45)

FREUD, S. Além do princípio do prazer. In.: Edição Standard Brasileira das Obras Completas de Sigmund Freud. Rio de Janeiro: Imago, 1980.

 

Jacques Lacan

 “É o desejo do analista que, em última instância, opera na psicanálise, e esse desejo não baliza uma prática na qual se busca convencer alguém a fazer tratamento, muito menos visando colocar o sujeito na norma, sendo de fato ‘paciente’ e não gerando incômodo naqueles que tratam. Isso seria fazer da psicanálise uma terapia, um exercício de poder” (p. 868)

LACAN, J. Do “Trieb” de Freud e do desejo do analista (1964). In: Escritos. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Editor, 1998.

 

Jacques-Alain Miller

“O discurso analítico não reconhece outra norma além da norma singular que se depreende de um sujeito isolado como tal da sociedade. É preciso escolher: o sujeito ou a sociedade” (p. 32)

MILLER, J.-A. Perspectivas dos Escritos e Outros escritos de Lacan. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Ed., 2011.

 

“O ato analítico consiste em autorizar o fazer do sujeito. (…) o ato analítico é liberar a associação, isto é, a palavra, liberá-la do que a limita, para que ela se desenvolva numa rota livre. Constatamos, então, que a palavra em rota livre faz voltar as lembranças, ela remete o passado ao presente, e que desenha, a partir daí um futuro” (p. 34-35)

MILLER, J.-A. Perspectivas dos Escritos e Outros escritos de Lacan. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Ed., 2011.

 

Éric Laurent

“O horror é «traumatismo», no sentido clínico, na medida em que temos que lidar com mortes, feridas que deixaram sequelas físicas e psíquicas, mas também na medida em que ele cria um buraco no discurso comum. Quer seja no nível coletivo ou no nível singular, encontramos a impotência do discurso em ler o acontecimento. É essa impotência comum que o post-traumatic stress disorder, do DSM V tenta reduzir a um fundamento biológico, universal, transcultural”

LAURENT, É. O trauma, generalizado e singular. Disponível em <<: http://www.encontrocampofreudiano.org.br/2014/02/o-trauma-generalizado-e-singular_9241.html>>. Acessado em 2 out 2025.

 

“Ela (a psicanálise) considera que, no acidente mais contingente, a restituição da trama do sentido, da inscrição do trauma na particularidade inconsciente do sujeito, fantasma e sintoma, é curativa. Nessa perspectiva, o psicanalista é um doador de sentido. Ele trata se fazendo de uma espécie de ‘herói hermenêutico’ (singular) da comunidade de discursos da qual ele procede” (p. 25)

LAURENT, É. O trauma ao avesso. Papéis de Psicanálise, vol. 1, n. 1, p.21-28, abr./2004.

 

Jésus Santiago

“Nesse sentido, um tratamento apenas se torna um tratamento psicanalítico quando se mostra permeável a um dizer que tende a se particularizar em função das incidências do real do gozo de um sujeito. (…) isso quer dizer que a base essencial da direção do tratamento impõe-se pela prioridade que um analista confere ao que é particular, não ao geral ou ao universal do caso clínico”  (p. 11-12)

SANTIAGO, J. A querela atual do sintoma: realismo lógico da psicanálise em face do nominalismo contemporâneo. In.: Curinga n. 24. Belo Horizonte: Escola Brasileira de Psicanálise – Minas Gerais, 2007.

 

Marcus André Vieira

  “É exatamente o fato de o sujeito apresentar-se como esmagado pelo evento que parece carimbá-lo como traumático” (p. 510)

VIEIRA, M. O trauma subjetivo. Psico (PUC-RS) Vol.39. 2008 Disponível em : <<.http://revistaseletronicas.pucrs.br/revistapsico/ojs/index.php/revistapsico/article/view/2045/3842>> Acessado em 2 out 2025.

 

“O trauma pelo avesso é a aposta no fator subjetivo como elemento chave no processo, que, já entendemos, não está escrito no evento, aparecendo, sobretudo como enigma, hiato, ruptura que perturba as explicações e sentidos coletivos e universais e que terá, a duras penas, de ser construído.” p.511.

 

“A partir do dispositivo analítico, ele [o trauma] passa a poder encontrar um lugar no relato.” p.511.

 

Objeto e desejo em tempos de superexposição. Ágora: Estudos em Teoria Psicanalítica, Rio de Janeiro, v. 8, n. 1,jan./jun. 2005.

“O que se perdeu é sempre impossível de se esgotar com uma nomeação”. p.30.

 


 

Comissão de Referências Bibliográficas

Coordenação: José Carlos Lapenda Figueiroa

Eliene Rodrigues de Lima, Erick Leonardo Pereira, José Ronaldo de Paulo, Liana Feldman, Marina Vasconcelos, Romero Ouriques

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