Skip to content

“O horizonte do ato”

Jacques Lacan

“(…) aquilo, enfim, pelo qual se fala em passagem ao ato, esse Rubicão cujo desejo próprio está sempre camuflado na história em benefício de seu sucesso, tudo aquilo a que a experiência do que o analista chama de acting out dá um acesso quase experimental, já que herda disso todo o artifício, tudo isso, na melhor das hipóteses, o analista o rebaixa a uma recaída do sujeito, e na pior, a uma falha do terapeuta” (grifo do autor, p. 644-645)

LACAN, J. A direção do tratamento. In.: LACAN, J. Escritos. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Editor, 1998.

 

“Coincidência das colocações do sujeito com fatos de que ele não pode estar informado, mas que continuam a se mover nas ligações de uma outra experiência em que o psicanalista é interlocutor — coincidência também, na maioria das vezes constituída por uma convergência totalmente verbal ou homonímica, ou que, quando inclui um ato, trata-se de um acting out de um paciente do analista, ou de um filho em análise do analisado” (grifo do autor, p. 266)

LACAN, J. Função e campo da fala e da linguagem. In.: LACAN, J. Escritos. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Editor, 1998.

 

“Isso também dá ensejo a esclarecer o que acontece com o que há muito tempo diferencio da passagem ao ato, isto é, o acting out. Este consiste em fazer o semblante passar para a cena, em mostrá-lo à altura da cena, em fazer dele um exemplo. É a isso que, nessa ordem, chama-se acting out. Também chamamos isso de paixão” (grifo do autor, p. 31-32)

LACAN, J. O Seminário, Livro 18: De um discurso que não fosse semblante. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Editor, 2009.

 

“(…) o sujeito foi forçado aqui a deixar sair alguma coisa que estava implícita em sua posição. Seu exibicionismo é apenas a expressão, ou a projeção no plano imaginário, de algo de que ele mesmo não compreendeu todas as ressonâncias simbólicas, a saber, que o ato que acabava de efetuar, afinal de contas, não passava da tentativa de mostrar — de mostrar que ele era capaz, como qualquer outro, de ter uma relação normal” (p.165)

LACAN, J. O seminário, livro 4: A relação de objeto (1956-1957). Rio de Janeiro: Jorge Zahar Editor, 1995.

 

“Se nele operamos, como acabo de lhes recordar, de um modo aceito como parcial, devemos admitir que somente a repetição é interpretável na análise, e isso que tomamos por transferência. Por outro lado, o fim que aponto como a captação do próprio analista na exploração do a, é exatamente isso que constitui o ininterpretável. Em suma, o ininterpretável na análise é a presença do analista. É por isso que interpretá-la, como já se viu, como foi até impresso, é, propriamente, abrir a porta, convidar para esse lugar do acting out” (grifo do autor, p. 338)

LACAN, J, O seminário, livro 16: de um Outro ao outro. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Editor, 2008.

 

Jacques-Alain Miller

 Pensamos que podemos actuar sobre el significante del delirio, es decir, lo sustituimos, lo atacamos, lo tratamos de reducir a cierto saber arreglárselas con la perplejidad a la vez inicial y constante. Me parece que desde este punto de vista clínico, cuando se entiende el delirio a ese nivel, podemos conformarnos con la definición que Lacan daba en 1966 acerca del ‘caso Aimée’: el delirio es un biombo” (p. 295-313)

MILLER, J.-A. Diversificación del Uno. In: MILLER J.-A. Todo el mundo es loco. Buenos Aires: Paidós, 2015.

 

Mariana Morao

El femicidio, esta nueva epidemia de violencia llamada de género, muestra sin velo, el rechazo a la alteridad del goce, que el goce femenino hace presente entre los sexos. En tanto la función de la pantalla del fantasma se presenta cada día más precaria, «el sujeto está más cerca del pasaje al acto». El goce hétero imposible de «reciclar», desencadena la furia en algunos individuos que apuntan el puñal al corazón de la alteridad en juego

MORAO, M. El acto violento y el cuerpo del Otro. Virtualia, n. 35, 2018. Disponível em: https://www.revistavirtualia.com/articulos/817/lecturasde-lo-contemporaneo-actualidad-de-la-clinica/el-acto-violento-y-el-cuerpo-del-otro.

 


Philippe Georges 

“Lo que quisiéramos proponer para la discusión puede circunscribirse en términos de diagnóstico. La clínica de este caso, en el sentido de los dichos del paciente y de su vivencia de la experiencia, pertenece esencialmente al registro melancoliforme. Desde esta perspectiva, domina el ser íntimo del sujeto bajo la forma de la culpa. La culpabilidad es masiva, y los dos elementos se conjugan en lo que mantiene a la Señora S. siempre al borde del vacío. Podemos considerarla como permanentemente al límite de un pasaje al acto suicida. Este aspecto de la clínica se encuentra bajo la influencia de un superyó eminentemente feroz” (p. 58)

GEORGES, P. El otro será siempre una amenaza. In: MILLER, Jacques-Alain (org.). Cuando el Otro es malo. Buenos Aires: Paidós, 2011.

 


 

Comissão de Referências Bibliográficas

Coordenação: José Carlos Lapenda Figueiroa

Eliene Rodrigues de Lima, Erick Leonardo Pereira, José Ronaldo de Paulo, Liana Feldman, Marina Vasconcelos, Romero Ouriques

Back To Top