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“ A tela da fantasia”

Sigmund Freud

“Chamamos traumas a essas impressões de precoce vivência, logo esquecidas, às quais atribuímos tão grande significação para a etiologia das neuroses.” (p. 70)

FREUD, S. Moisés e o monoteísmo: esboço de psicanálise e outros trabalhos. In: FREUD, S. Obras psicológicas completas, vol. 23 (1937-1939). Rio de Janeiro: Imago, 1996.

 

“(…) não houve nenhuma lembrança infantil, apenas uma fantasia recolocada na infância. No entanto, sinto que a cena é autêntica. Como se explica isso?”  (p.  298)

FREUD, D. Primeiros escritos psicanalíticos: estudos de caso e ensaios iniciais. In: FREUD, S. Obras completas – Primeiros escritos psicanalíticos: estudos de caso e ensaios iniciais. São Paulo: Companhia das Letras, 2023.

 

“(…) o histérico sofre sobretudo de reminiscências. Mas se este é o caso, se a lembrança do trauma psíquico, à maneira de um corpo estranho, continua atuando como agente efetivo muito tempo após sua intromissão e ainda assim o doente não tem consciência nenhuma dessas lembranças e de sua emergência, então devemos admitir que ideias inconscientes existem e atuam” (p. 221)

 FREUD, S. Estudos sobre a histeria. São Paulo: Imago, 1996.

 

Unheimlich é tudo o que deveria ter permanecido secreto e oculto mas veio à luz.” (p. 241)

FREUD, S. O Estranho (Das Unheimliche). 1919. In: FREUD, S. Obras completas. Edição Standard Brasileira. Rio de Janeiro: Imago, v. XVII, 1974.

 

“Apesar de toda a emoção com que a criança catexiza seu mundo de brinquedo, ela o distingue perfeitamente da realidade, e gosta de ligar seus objetos e situações imaginados às coisas visíveis e tangíveis do mundo real. Essa conexão é tudo o que diferencia o ‘brincar’ infantil do ‘fantasiar’.” (p. 147-148)

FREUD, S. Escritores criativos e devaneios. In: FREUD, S. Obras Psicológicas Completas. Edição Standard Brasileira, vol. IX. Rio de Janeiro: Imago, 1996.

 

“Repito, no entanto, que a fantasia, via de regra, permanece inconsciente e só pode ser reconstruída no decorrer da análise” (p. 203)

FREUD, S. ‘Uma criança é espancada’ – Uma contribuição ao estudo das origens das perversões sexuais. In: FREUD, S. Obras Psicológicas Completas. Edição Standard Brasileira, vol. IX. Rio de Janeiro: Imago, 1996.

 

Jacques Lacan

“A fórmula simbólica ($ ◊ a) dá sua forma ao que chamo de fantasia fundamental. Isso é a forma verdadeira da pretensa relação de objeto (…) Nela vocês encontram dois termos, cuja dupla relação entre um e outro constitui a fantasia. Essa relação se complexifica na medida em que é uma relação terceira com a fantasia que o sujeito se constitui como desejo” (p. 393)

LACAN, J. O Seminário, livro 6: O desejo e sua interpretação. Rio de Janeiro: Zahar, 2016.

 

“Há sujeito a partir do momento em que fazemos lógica, ou seja, quando temos que lidar com significantes” (p. 14)

LACAN, J. O Seminário, livro 14: A lógica do fantasma. Rio de Janeiro: Zahar, 2024.

 

“Tudo já está suficientemente lançado na indicação de que é do imaginário da mãe que vai depender a estrutura subjetiva da criança” (p. 15)

LACAN, J. O Seminário, livro 14: A lógica do fantasma. Rio de Janeiro: Zahar, 2024.

 

“O sujeito começa com o corte” (p. 17)

LACAN, J. O Seminário, livro 14: A lógica do fantasma. Rio de Janeiro: Zahar, 2024.

 

“Veremos então que a realidade, toda a realidade humana, não passa de uma montagem entre simbólico e imaginário” (p. 19)

LACAN, J. O Seminário, livro 14: A lógica do fantasma. Rio de Janeiro: Zahar, 2024.

 

“O real é importante distingui-lo da realidade humana. Ele nunca é mais que vislumbrado — vislumbrado quando a máscara, que é a do fantasma, vacila” (p. 19)

LACAN, J. O Seminário, livro 14: A lógica do fantasma. Rio de Janeiro: Zahar, 2024.

 

“O significante não designa o que não está ali, ele o engrendra. O que não está ali, na origem, é o próprio sujeito” p. 21

LACAN, J. O Seminário, livro 14: A lógica do fantasma. Rio de Janeiro: Zahar, 2024.

Jacques-Alain Miller

“De forma muito simples, tratei de obter, para a fórmula da travessia da fantasia no final de análise, uma fórmula correlativa do sintoma no seu início” (p. 133)

MILLER, J.-A. Percurso de Lacan: uma introdução. Rio de Janeiro: Zahar, 1988.

 

“A fantasia é uma máquina que se põe em ação quando se manifesta no desejo do Outro” (p. 144)

MILLER, J.-A. Percurso de Lacan: uma introdução. Rio de Janeiro: Zahar, 1988.

 

“A fantasia fundamental não é objeto de interpretação por parte do analista, é um objeto de construção” (p. 144)

MILLER, J.-A. Percurso de Lacan: uma introdução. Rio de Janeiro: Zahar, 1988.

 

“(…) pode falar de ‘fantasias’ ou de ‘fantasmatização’ com uma variada riqueza de personagens. Mas, precisamente, a decantação dessas fantasias é um efeito de construção próprio da análise.” (p. 146)

MILLER, J.-A. Percurso de Lacan: uma introdução. Rio de Janeiro: Zahar, 1988.

 

“A fantasia fundamental é um ponto limite da análise, e pode-se haver feito uma análise sem chegar a se colocar frente à mesma” (p. 147)

MILLER, J.-A. Percurso de Lacan: uma introdução. Rio de Janeiro: Zahar, 1988.

 

“(…) a fantasia fundamental corresponde-me, parece-me, à Urverdrängung. É correlativo ao que nunca poderia vir à luz no recalcado” (p.147)

MILLER, J.-A. Percurso de Lacan: uma introdução. Rio de Janeiro: Zahar, 1988.

 

“A fantasia fundamental corresponde ao recalque originário” (p. 147)

MILLER, J.-A. Percurso de Lacan: uma introdução. Rio de Janeiro: Zahar, 1988.

 

Ficção, o que isso quer dizer? Que se trata de uma fabricação, que isso não pertence à ordem da natureza, à physis dos gregos, e sim à ordem da poiesis, da produção, do fazer.” (grifo do autor, p. 97)

MILLER, J.-A. Uma psicanálise tem estrutura de ficção. In. MILLER, J.-A. et al. Aposta no passe: seguido de 15 testemunhos de Analistas da Escola, membros da Escola Brasileira de Psicanálise. Rio de Janeiro: Contra Capa, 2018.

 

“Na análise, a ficção é um fazer que repousa em um dizer” (p. 97)

MILLER, J.-A. Uma psicanálise tem estrutura de ficção. In. MILLER, J.-A. et al. Aposta no passe: seguido de 15 testemunhos de Analistas da Escola, membros da Escola Brasileira de Psicanálise. Rio de Janeiro: Contra Capa, 2018.

 

“O inconsciente real é o lugar do gozo opaco ao sentido, e em que se pode, pela ficção, começar a torná-lo falador” (p. 101)

MILLER, J.-A. Uma psicanálise tem estrutura de ficção. In. MILLER, J.-A. et al. Aposta no passe: seguido de 15 testemunhos de Analistas da Escola, membros da Escola Brasileira de Psicanálise. Rio de Janeiro: Contra Capa, 2018.

 

“O inconsciente transferencial tem um nome, um nome lacaniano, que é verdade mentirosa” (grifo do autor, p. 101)

MILLER, J.-A. Uma psicanálise tem estrutura de ficção. In. MILLER, J.-A. et al. Aposta no passe: seguido de 15 testemunhos de Analistas da Escola, membros da Escola Brasileira de Psicanálise. Rio de Janeiro: Contra Capa, 2018.

Éric Laurent

“Não se reaprende a viver com um Outro perdido dessa forma. Inventa-se um caminho novo causado pelo traumatismo. É sobretudo pela via do insensato do fantasma e do sintoma que essa via se traça” (p. 26)

LAURENT, É. O trauma ao avesso. Papéis de Psicanálise, 1(1), 21-28, 2004.

 

François Leguil

“(…) a psicoterapia promete uma cura, enquanto que a psicanálise promete um traumatismo. O ponto mais delicado do assunto é que este traumatismo não seja traumático, e a cura analítica consiste em preparar lenta e prudentemente o sujeito para isso” (p. 13)

LEGUIL, F. A entrada em análise e sua articulação com a saída. Salvador: Fórum Iniciativa Escola, Bahia; Campo Freudiano no Brasil, 1993.

 

“(…) o traumatismo, como travessia do fantasma, põe o sujeito frente a causa, pois esta travessia é a revelação do gozo na pulsão” (p. 14)

LEGUIL, F. A entrada em análise e sua articulação com a saída. Salvador: Fórum Iniciativa Escola, Bahia; Campo Freudiano no Brasil, 1993.

 

Inês Seabra

“Trata-se de saber o que do sexual poderá ser abordado pela linguagem e como isso se processa. Assim, não existe uma boa hora para o encontro com o sexual; algo resta fora deste encontro sempre traumático.” (p. 119)

SEABRA, I. O tempo e o objeto na clínica psicanalítica com crianças. Belo Horizonte: Editora Scriptum, 2019.

 

Marie-Hélène Brousse

“Quanto ao trauma, ele resulta de um encontro com o real, dificilmente qualificável pelo sujeito no momento em que ele é vivido. Deve então ser abordado como um real” (p. 74)

BROUSSE, M-H. Trauma e exílio, o lado das mulheres. Correio, n.83. São Paulo: Escola Brasileira de Psicanálise, abril, 2020.

 

“(…) o que traumatiza os sujeitos humanos de maneira durável são sempre as falas. Quando digo as falas, isso pode ser um silêncio, uma ausência de fala.” (p. 77)

BROUSSE, M-H. Trauma e exílio, o lado das mulheres. Correio, n.83. São Paulo: Escola Brasileira de Psicanálise, abril, 2020.

 

“O traumatismo, decorrente do surgimento de um real cujo rastro se apagou, torna-se, para o sujeito, uma questão de nomear. Nomear o inominável com suas próprias palavras, com os elementos do discurso no qual ele foi banhado, já tem um efeito terapêutico” (p. 78)

BROUSSE, M-H. Trauma e exílio, o lado das mulheres. Correio, n.83. São Paulo: Escola Brasileira de Psicanálise, abril, 2020.

 

Philipe La Sagna

“Todo mundo é traumatizado pelo sexual, ou seja, por suas fantasias.” (p. 2)

LA SAGNA, P. Os mal-entendidos do trauma. Opção Lacaniana Online, nova série, v. 6, n. 16, p. 3, 2015.

 

“O só depois atua também no nível do real. Mas esse real não é bruto, ele não ocorre sem uma articulação com as marcas, as lembranças e os símbolos. Ele não deixa de ter ligação com o significante.” (p. 3)

LA SAGNA, P. Os mal-entendidos do trauma. Opção Lacaniana Online, nova série, v. 6, n. 16, p. 3, 2015.

 

Patrício Alvarez Bayón

El autista intenta aferrarse a la letra como impresión, como igual a sí misma, y eso es lo que la mantiene en estado inequívoco. El equívoco de la letra es lo que no soporta, por razones de estructura: el agujero que permite extraer una letra de lalangue, que es condición de producción de su goce opaco, está forcluido. Por esa razón, el autista logra inscribir una letra, pero a costa de que esa letra deba ser inequívoca, deba ser siempre la misma” (p. 105)

BAYON, P. El autismo, entre la lengua y la letra. 1a ed.-Olivos: Grama Ediciones, 2020.

 


 

Comissão de Referências Bibliográficas

Coordenação: José Carlos Lapenda Figueiroa

Eliene Rodrigues de Lima, Erick Leonardo Pereira, José Ronaldo de Paulo, Liana Feldman, Marina Vasconcelos, Romero Ouriques

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