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Boletim Baque

IMPACTOS 

por Anderson Barbosa
Da Comissão de Mídias

Nesta edição, apresentamos as impressões de Carlange de Castro, de ​​Teresina (PI), Júlio Freire, de Natal (RN) e Júlia Barbosa, de João Pessoa (PB) de sua participação na Atividade Preparatória do Eixo 1: A tela da fantasia.

Carlange de Castro

Fui tocada pela exibição da animação Fantasmagorie, uma escolha delicada, mas também profunda, que destacava o que seria desenvolvido durante a conversação sobre a questão do fantasma. No Argumento, o cartel trouxe a concepção do traumatismo como o mau encontro com o sexual, um ponto que foi desenvolvido a partir da relação entre trauma e fantasma. Servindo-se da obra de René Magritte e da animação, foi possível ilustrar que a tela da fantasia serve como anteparo que protege o sujeito do contato direto com o real. Ao mesmo tempo em que essa tela oculta o real, ela funciona como suporte para o desejo, mantendo a falta e o desejo vivos, sem que o sujeito alcance satisfação plena. A conversação foi um convite entusiasmado à construção dos trabalhos. Que venha a próxima!

Júlio Garcia Freire

Na Atividade Preparatória para o Eixo 1 A tela da fantasia, na leitura do Argumento, Inês Seabra resgata a primazia da fantasia como uma operação fundamental que permite ao sujeito se a ver com o encontro traumático com o Real, desde o primeiro momento de sua entrada na atmosfera. A retroação da cadeia significante é o que dá ao ser falante essa dimensão de apré-coup da constituição da sua fantasia. No clássico freudiano O Homem dos Ratos, o paciente anuncia como seu destino já havia sido profetizado: quando ainda era uma criança, anunciaram que esse menino seria um criminoso ou um grande homem. Como pensar o estatuto da fantasia nos tempos atuais? Em tempos de esgarçamento do laço social, de queda do Nome-do-pai e implosão do simbólico pelo imaginário? São perguntas que ressoaram em mim, na Atividade, ao pensar a articulação da fantasia do parlêtre com o seu destino.

Júlia Barbosa

Em um mundo de telas ilimitadas, a tela do fantasma, estrutura organizadora do sujeito, aparece cada vez mais enfraquecida, esvanecida — desaparece. Enquanto isso, a lalíngua resta fixada na carne, mas sem leitura possível, reverbera pelos buracos do corpo o seu eco sem sentido. Sem aquilo que faça borda, que organize, o real invade. Se antes uma análise se tratava de um desinvestimento no fantasma, como ficam as análises hoje? Diante do cenário atual, tomado pela tecnociência, como salvaguardar, ou mesmo resgatar, o desejo? O que podemos recolher de uma época onde há uma identificação generalizada a um mesmo significante como o do autismo? São muitas as questões postas e que nos animam a trabalhar.

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