por Karynna Nóbrega (EBP/AMP)
Diretora de Cartéis e Intercâmbio da Seção Nordeste
Lacan esclarece, em D´ECOLAGE, que o cartel é um órgão de base e de formação do analista. Nesse texto, esclarece ainda o que é o cartel, bem como se dá a sua composição, a saber, o cartel é composto por cinco participantes, nomeados de cartelizantes, o +1 e outros 4 participantes, sendo esses membros, analistas e praticantes da psicanálise, os quais se reúnem em torno de um determinado tema a ser pesquisado — S1 —, cada um, enfim, com uma questão de investigação. Para formação do cartel, portanto, é necessário um tema mútuo e o desejo de saber a fim de realizar a investigação e produzir um escrito individual, autoral, que posteriormente será apresentado a céu aberto endereçado à Escola.
Em O plano de Lacan para o século XXI, Fernanda Otoni afirma que Lacan fundou a sua Escola tomando como orientação o funcionamento por meio do cartel — motor que faz mover a Escola, seja em direção ao fazer e ao saber, seja ao se contrapor ao discurso do mestre e aos efeitos imaginários de grupo. O cartel – por meio do trabalho em pequeno grupo, em torno de um vazio de saber, quando 4+1 se juntam, por um tempo pré-determinado, e se separam, quando encerram o trabalho – permite que cada um dê algo de si.
Convido você, caro leitor, cara leitora, a participar da V Jornada da Seção Nordeste — Trauma, dando de si por meio do trabalho do cartel fulgurante. Um cartel fulgurante possui tempo de curta duração, voltado para apresentação de um produto escrito para nossa Jornada. A experiência do cartel faz parte da formação do analista. Construa o seu cartel, seja ele teórico ou clínico, a partir de um dos temas propostos por um dos três eixos da Jornada da Seção Nordeste.
Venha viver essa genuína experiência de formação, de fazer laço e de elaboração provocada em torno do real, conforme nos ensina Miller. Para tanto, registre o seu cartel no site da Escola Brasileira de Psicanálise.

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