por Francisco Santos

A IV Jornada da Seção NE está à porta! Desde o lançamento do Boletim Hiante, desde que começamos a nos preparar enquanto Seção, muito se tem produzido, discutido, inventado, ressoado e que encontrará seu destino – e seus restos – neste encontro de corpos em Dezembro. Como apresentamos no início desse percurso, o Boletim Hiante buscou produzir esse rasgo no tecido das redes, donde partissem as produções daqueles que trabalharam e lançaram, através da palavra, suas questões: nos restos colhidos das preparatórias, no olhar sobre a cidade e o território, na supresa da arte, nas reflexões teóricas do Ipsin. Essas coisas que nos acompanharão na Jornada: dos trabalhos a serem apresentados, passando pelas conferências dos nossos convidados, pelas provocações daqueles que as ouvem, até a festa a realçar os corpos.
Eis o Hiante #4
Com esmero e precisão, mas sem prescindir da abrangência necessária, o programa da IV Jornada da Seção NE está em vias de ser divulgado, fiquem de olho para conferir como estará organizado o evento em torno do qual orbitam as produções deste boletim e do podcast Sonar, este que põe em áudio essas palavras que nos animam para, em 13 e 14 próximos, debruçarmo-nos em torno do tema que pôs a trabalho os colegas que assinam as rubricas deste número do Hiante.
Com Vânia Ferreira e Suele Conde, o Ecos convoca aqueles que praticam a psicanálise a não recuar diante do discurso do mestre nos territórios e instituições, atentando aos novos sintomas que surgem nesses espaços, por exemplo, nas “respostas das crianças” que tanto ensinam à psicanálise.
Na rubrica Referências Ressonantes, a trinca Raíssa da Nóbrega, Paulo Carvalho e Anna Luiza Oliveira toca vários pontos caros à psicanálise e que ressaltam a importância da episteme não apenas como o recurso base da produção acadêmica, mas como uma chave através da qual se pode pensar a clínica, a arte, a política, a cidade.
Em Quando o Witz responde… e em Poética, com o manejo de José Ronaldo, a arte, como é de seu feitio, equivoca o estabelecido, bagunça os sentidos e harmoniza com a poesia, este alento das palavras sobre os corpos, quem sabe, (des)attrapa(ndo) um pouquinho.
Nesta edição, em A palavra do Ipsin, Sandra Conrado provoca o analista a olhar para as articulações possíveis entre os saberes – não sem orientação – para que se possa situar, no mais atual e cotidiano das contingências na clínica, aquilo que também surge como respostas do real nos territórios.
No In locu, Cassandra Dias evoca a beleza, a arte, o traço mágico que se faz materialidade nas águas do Jacaré e na melodia que decanta do ar quente e úmido os restos dos corpos e dos discursos.
Para, a um só tempo, encerrar o boletim e abrir a porta.
Boa leitura, e nos vemos na Jornada!
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