Maria Eliane Neves Baptista

Lacan define o real como impossível, destacando tanto o real sustentado pela lógica e pela matemática quanto aquele que constitui o Um.
Ele passa da reflexão focada no Outro para dar ênfase ao Um cuja importância emerge especialmente quando o Dois, representando o par sexual e a relação entre os sexos, se apresenta como uma questão complexa.
O Um, para Lacan, existe antes de qualquer atribuição, ou seja, o Um é exceção.
Não se trata, para Lacan, de enunciar o real impossível, mas sim de fazê-lo existir por meio de um dizer.
A importância da escuta do dizer do analisante justifica-se porque a meta de uma análise é levar o falasser até a confrontação com a opacidade de seu modo de gozo.
A análise caminha no sentido de desligar o falasser de todos os Outros para se arranjar com o que encontrou do próprio Um[1].
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