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A palavra do IPSIN

3 de setembro de 202459 second read

Maria Eliane Neves Baptista

Fonte: https://barbarapicci.com/wp-content/uploads/2018/06/milena-naef-9.jpg

Lacan define o real como impossível, destacando tanto o real sustentado pela lógica e pela matemática quanto aquele que constitui o Um.

Ele passa da reflexão focada no Outro para dar ênfase ao Um cuja importância emerge especialmente quando o Dois, representando o par sexual e a relação entre os sexos, se apresenta como uma questão complexa.

O Um, para Lacan, existe antes de qualquer atribuição, ou seja, o Um é exceção.

Não se trata, para Lacan, de enunciar o real impossível, mas sim de fazê-lo existir por meio de um dizer.

A importância da escuta do dizer do analisante justifica-se porque a meta de uma análise é levar o falasser até a confrontação com a opacidade de seu modo de gozo.

A análise caminha no sentido de desligar o falasser de todos os Outros para se arranjar com o que encontrou do próprio Um[1].


[1] La Sagna, Phillippe; Adam, Rodolphe. Contrer l’universel: “L’étourdit” de Lacan à la letre. Paris: Editions Michèle, 2020.

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