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O discurso capitalista e o impossível

Fabián Fajnwaks

Tomarei o discurso capitalista como variante do discurso do Mestre. Não é que não haja discurso do Mestre. Este faz um retorno, nos últimos tempos, na demanda, por exemplo, de um retorno à soberanía das nações, na Europa, com o Brexit; a ascensão dos líderes neoconservadores, como Trump, Bolsonaro no Brasil, e um personagem como Éric Zemmour aqui na França – mas tra- ta-se de líderes sintéticos, diríamos, inclusive, de semblantes, já que sua potência se encontra emoldurada pelo verdadeiro Mestre que hoje são os mercados. O Mestre manda de maneira limitada, tentando regular hoje os efeitos do fluxo contínuo de capital nas finanças e nos mer- cados, mas também o fluxo de populações de emigrantes, o fluxo de votos. Isso também quer dizer tentando governar em um mundo no qual tudo flui agora, fluxo que não é outro senão o do gozo, ali onde o que Lacan chamou “discurso capitalista” não é mais do que um circuito que, diferentemente dos outros quatro discursos que estão sendo apresentados nesta Jornada da Seção Bahia, não apresenta uma impossibilidade, quer dizer, um freio ao gozo. Ou seja, não é um verdadeiro discurso, estritamente falando, nos termos de Lacan, já que o que define um discurso, cada um deles, é constituir-se como barreira ao gozo.


NOTA SOBRE O TEXTO:
Texto publicado nos sites eletrônicos da XXVI JORNADA da EBP-BA e da XXII JORNADA DO INSTITUTO DE PSICANÁLISE DA BAHIA – “Erosão de Eros”

https://ebpbahia.com.br/jornadas/2022/o-discurso-capitalista-e-o-impossivel/ e na II JORNADA DA SEÇÃO NORDESTE “E o analista em tempos de evaporação do pai?”.https://ebp.org.br/nordeste/jornadas/2022/2022/08/16/o-discurso-capitalista-e-o-impossivel/

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Uma partilha sexual1

Jacques-Alain Miller

Terminei o curso da última vez com um diálogo que me trazia a atualidade. Uma mulher diz: “Estou pronta para tudo”. E um senhor responde, sob a forma de objeção: “Mais para não-tudo”2.

O apólogo da mulher ao volante

Isto me foi ilustrado há pouco tempo, no momento em que eu me apressava em direção a este lugar, em um carro conduzido por uma mulher. Cheguei um pouco mais tarde do que costumo me atrasar, porque fomos parados pela polícia.

Estou ainda sob o impacto da surpresa ocasionada pela enumeração que saiu da boca do agente de polícia3 que, pulando de sua pequena caminhonete, num belo uniforme, especificou, para minha companheira, uma lista impressio- nante de infrações que ela havia acabado de cometer no percurso de um quilômetro – ter virado à esquerda, ter cortado a caminhonete policial na estrada, ter trocado de fila continuamente, até que, finalmente, ele conseguisse pegá-la e dizer que tinha que reter sua carteira


NOTA SOBRE O TEXTO:
. Texto publicado no site eletrônico da Revista Opção Lacaniana online. http://www.opcaolacaniana.com.br/nranterior/numero20/texto1.html

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Variaciones del amor

María José Olmedo

El título de esta línea de trabajo “Variaciones del amor”, me remitió desde el inicio a otro sintagma, “Variedades del amor”.

Efectivamente está por un lado la diversidad de los vínculos amorosos entre los sexos y por otro está aquello que hace que el amor cambie y sea diferente, que pueda surgir un nuevo amor, una nueva manera de amar.

Partimos de que el amor es un hecho de cultura, que toma forma a partir de las coordenadas de una época.

A su vez tenemos en consideración la diferente manera de gozar del hombre y de la mujer, goces no complementarios que no consiguen ninguna armonía, lo que nos remite a la formula de Lacan de que la relación sexual no existe, de que no hay proporción entre los sexos y que es el amor el que viene a cumplir la función de suplencia de esa imposibilidad.


NOTA SOBRE O TEXTO:

. Texto publicado no site eletrônico da XVIII JORNADAS de la Escuela Lacaniana de Psicoanálisis del Campo Freudiano – De la discordia entre los sexos a la luz del psicoanálisis. https://discordia.jornadaselp.com/variaciones-del-amor/#

 

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