Suele Conde (da Comissão de Referências Bibliográficas)
Fabián Naparstek, em Psicoanalisis y política, nos fala acerca do significante mestre para a política e para a psicanálise [1]. Enquanto a política tenta fazer os sujeitos se identificarem a um significante mestre, a posição do analista vai na direção de uma desidentificação de tal significante para que o que é do singular do sujeito possa advir.
Marcus André Vieira, em Meus dias de branco, nos fala que não é mais possível, enquanto analistas lacanianos, afirmar que “o sujeito não tem cor ou gênero” [2]. Isso seria negar uma diferença.
Laurent, em Racismo 2.0, nos dirá que se localiza bem mais como um analista “parteiro de identidades abertas do que herói da desidentificação” [3].
A partir do que nos dizem esses dois autores, como podemos pensar a posição política do analista, hoje, seja nos consultórios ou na cidade?