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Editorial

Por Cleyton Andrade

Pierre Naveau, se valendo do encontro com o discurso, com o som e com a leitura de Lacan, nos chama a atenção para os caminhos e descaminhos de Aragon, com suas versões antagônicas do amor a partir do feminino. Seja pela via de uma feminilidade exuberante e luxuriosa de um grande bordel em meio a uma imensa orgia, seja pelo polo oposto de um amor sublimado, nos indica caminhos para formularmos inúmeras perguntas. Na luxúria do bordel ou no amor cortês não se escapa impune do impossível.

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PIERRE NAVEAU E O ENCONTRO COMO A ORIENTAÇÃO PARA O REAL

Cristiano Alves Pimenta. Membro EBP/AMP

Esse texto se propõe abordar alguns pontos candentes do livro de Pierre Naveau O que do encontro se escreve, estudos lacanianos. Publicado pala Escola Brasileira de Psicanálise, por ocasião da XXI Jornada da Escola Brasileira de Psicanálise – Minas Gerais, o livro se mostra absolutamente atual, uma vez que aborda os temas mais fundamentais que estão em discussão hoje no Campo Freudiano.

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A DEFESA DO INFINITO E O INSTANTE DE ARAGON

Por Antônio Teixeira

Ao aceitar o convite para vir falar aqui acerca da defesa do infinito de Aragon, em sua leitura por Pierre Naveau, minha primeira preocupação foi a de não incomodar vocês com uma palestra infinita. Para falarmos acerca de algo, nos limites de nosso discurso, necessitamos, antes de tudo, constituir uma cerca. Nesse sentido, falar acerca do infinito parece demandar, de nossa parte, a construção paradoxal de uma cerca em torno do incerceável, de um discurso em torno de algo que não se pode contornar.

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“LE BLEU EST QUELQUE CHOSE QUE J´AIME BIEN.”

Por Fernanda Otoni Brisset

Da surpresa do encontro com Ce qui de la rencontre s’écrit, encontrei Pierre Naveau, em sua casa, no dia 5 de janeiro de 2017, em Paris. Levava comigo o convite para ele vir ao Brasil, em Belo Horizonte e São Paulo, para nossas jornadas daquele ano. Ele logo me perguntou: “Por que me convidam?” Antes de ir, escrevera a ele um e-mail encorpado dizendo-lhe o tema das jornadas e sua articulação com o seminário que estava sob sua direção na ECF. Mas sua pergunta me surpreendeu e me forçou a ir mais além. Falo com algum esforço… “Li o seu livro…” e como uma lâmina cortante sua voz interrompe meu balbucio: “Qu’est-ce que vous y avez rencontrez?” A intromissão daquela letra (y), aí, perturbou o curso de minha resposta. O que eu encontrei aí? Como dizê-lo?

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