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Índice nº017

Editorial

Por Sérgio de Castro

Esse número do Correio Express, o primeiro desde o início da pandemia que não se apresenta como um número Extra, evidencia que a Escola tem sabido prosseguir com seu trabalho de transmissão em meio a condições tão inesperadamente infamiliares.

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BIBLIÔ

Precisamos contar com as bibliotecas

Por Louise Lhullier

Bibliotheke, a palavra grega para uma caixa onde são guardados escritos, traz consigo ao longo dos tempos a ideia de biblioteca como depósito. A tecnologia de informação aponta um futuro em que ela será cada vez menos identificada com um acervo físico e cada vez mais concebida como um centro de armazenamento e difusão de dados por meios eletrônicos. Contudo, mesmo nessa versão virtual, persiste algo da ideia de “depósito”, presente desde o tempo em que caracteres cuneiformes eram gravados em placas de argila. A biblioteca virtual, herdeira dessa ideia, é pensada como um colossal depósito de dados.

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Oleg Gabisov (Karman Verdi), 
"There are so many ghosts at my spot"
Oleg Gabisov (Karman Verdi), "There are so many ghosts at my spot"

DOBRADIÇA DE CARTÉIS

Um real que movimenta a Escola 

Por Marilsa Basso 

Um convite para falar “mais ainda” sobre “os cartéis nos tempos atuais” trouxe colegas a trabalho numa atividade da Escola Brasileira de Psicanálise Seção São Paulo1. Na apresentação de meu texto, afirmei que o funcionamento do cartel provoca movimento. Maria do Carmo Dias Batista me interrogou o que seria esse movimento. Imediatamente fiquei com o eco do significante que utilizei, pensando em como um movimento, termo muito utilizado quando nos reportamos a um corpo, um objeto em ação ou, ainda, a movimentos políticos, poderia ser sustentado neste contexto atual.

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Oleg Gabisov (Karman Verdi), 
"There are so many ghosts at my spot"
Oleg Gabisov (Karman Verdi), "There are so many ghosts at my spot"

PORVIR

O sentido e os seus dejetos

Por Romildo do Rêgo Barros

Talvez a expressão mais usual para definir a função do analista, entre os que seguem o ensino de Lacan, seja a de objeto, ou de “semblante de objeto”. O analista faz semblante de objeto. Cada um de nós costuma dizer que o analista não opera como sujeito.

Ou seja, o analista é aquele cuja presença – sua presença, não seu lugar na sociedade – torna possível que surja em cena, ou na cultura, o objeto-dejeto, de certa forma transformado pela vestimenta do semblante. Penso que essa função de semblante atinge, aliás, não somente o objeto, mas também outras funções que se manifestam em uma análise, como de Outro, ou mesmo de sujeito.

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Oleg Gabisov (Karman Verdi), 
"There are so many ghosts at my spot"
Oleg Gabisov (Karman Verdi), "There are so many ghosts at my spot"

ALINHAVOS

Por Ernesto Anzalone

Escolhemos, para acompanhar esta Correio Express, o projeto fotográfico do artista russo Oleg Gabisov (Karman Verdi), intitulado “There are so many ghosts at my spot”. Nesta série, o fotógrafo e ilustrador nos confronta com as ausências físicas durante a quarentena. Por meio de um projetor, ele expõe o vazio que a presença virtual escancara.

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