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Rue de Roi de Sicile, Paris. Foto: Luc Teisseire, 2020

Rue de Roi de Sicile, Paris. Foto: Luc Teisseire, 2020

Editorial

Por Maricia Ciscato

Quando a cena do mundo se rompe, que recursos surgem a realizar as costuras necessárias para seguirmos? As janelas da fantasia ganham destaque para contornar bruscas rupturas? Novas construções delirantes entram em jogo quando rasgos radicais no simbólico e no imaginário se impõem? O apelo à arte ganharia um lugar especial? Neste número extra da Correio Express, vamos acompanhar o trabalho de colegas que, diante do imponderável, encontram caminhos para seguir.

Jean-Daniel Matet nos presenteia com um impactante testemunho no qual transmite como foi preciso lançar mão da mobilização de uma construção que nomeia como delirante diante da urgência de preservar sua integridade subjetiva quando o agravamento dos sintomas da Covid-19 o levou a uma experiência de ameaça inédita da composição corporal.

Maria de Lourdes Mattos nos conta sobre como, diante de uma tentativa de “fugir” do que a acomete com o tema da pandemia, pôde se surpreender com a escolha inconsciente de uma obra que a levou justamente ao encontro de uma epidemia mortífera a atravessar a cena – o que a abriu para um trabalho de delicadas elaborações políticas e teóricas.

Sigamos podendo nos surpreender – e aprendendo com o trabalho singular que põe a tecer as saídas subjetivas, mas não só.

Uma boa leitura a todos.

Convocado! – Por Jean-Daniel Matet – Leia mais

Uma falsa questão – Por Maria de Lourdes Mattos – Leia mais