Editorial
Por Sérgio de Castro – Diretor Geral da EBP
O texto de Marie-Hélène Brousse publicado nesse número da Correio Express, dando prosseguimento ao publicado no número 7, se pergunta, partindo do texto freudiano Das Unheimliche, se, nesses tempos de pandemia, o hábito, assentado no circuito pulsional de cada um, não poderia tocar um vazio que se situaria além da pulsão.
Maria Josefina Sota Fuentes, retomando o texto de MH Brousse, nos convida a frequentar o ensino de Lacan como um campo fértil que aloja esse vazio, necessário para reinventar a psicanálise, como um lugar de vida à altura dos tempos do coronavirus!
Que mundo nos aguarda, pergunta-se Marcus André Vieira em seu texto escrito para esse número da Correio Express. Deverá ser, afirma, aquele em que caiba o desejo como abertura, aquele em que a política do inconsciente terá seu papel a desempenhar!
Renato Carlos Vieira, ao apontar o crescimento do poder da biopolítica sobre os indivíduos nos tempos do coronavírus, interroga se será possível, a partir da psicanálise, constituir um discurso que não fosse semblante, fazendo deles um bom uso.
Cleyton Andrade nos pergunta se, além de produzirmos defesas, não precisaremos, cada um à sua maneira, produzir semblantes que funcionem como antídotos a virus! Trata-se aqui de também tentar fazer um bom uso deles!
Cidade vazia – Por Marie-Hélène Brousse – Leia mais
Tempos estranhos – Por Maria Josefina Sota Fuentes – Leia mais
Notas sobre o desejo e o isolamento – Por Marcus André Vieira – Leia mais
Um vírus, o corpo e o inconsciente político – Por Renato Carlos Vieira – Leia mais
Luz, câmera, ação! – Por Cleyton Andrade – Leia mais