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Imagem: Anônima

Editorial

Por Sérgio de Castro – Diretor Geral da EBP

Lacan on-line?

Esse número da Correio Express, dedicado quase todo ao debate sobre a incidência da internet em nossa prática clínica nesses tempos de exceção, prossegue com elaborações iniciadas já no número 4 dessa série de Extras.

Esthela Solano-Suarez nos pergunta se sobreviver ao vírus garantiria a sobrevivência da psicanálise no mundo, por vias digitais, uma vez que se trata de uma prática de falasseres. A letalidade, para a psicanálise, segundo Esthela, parace vir tanto do Covid-19 quanto do recurso maciço ao digital.

Fernanda Otoni-Brisset nos dirá que o investimento libidinal no atendimento não se suspende. Ao analista caberá seguir o analisante. Alguns decidem seguir o trabalho analítico on-line. Outros aguardam a rotina analítica voltar. A lógica do caso a caso deverá prevalecer aqui.

Niraldo de Oliveira Santos nos dirá que podemos nos autorizar e utilizar das liberdades do ato analítico se isso for feito sob transferência e a partir do desejo do analista. Mas as consequências desse momento insólito, melhor não nos apressarmos em respondê-las.

Luis Francisco E. Camargo nos indica como o real que convém à psicanálise, diferentemente do real da ciência, ganhará, para cada sujeito, uma nota própria. As diferentes estratégias negacionistas da epidemia e sua virulência farão parte das mesmas, muitas vezes a serviço de estratégias bio-políticas.

Bibiana Poggi, em nota testemunhal, nos fala de um café que ficou para depois.

O debate, portanto, prossegue.

Sessão on-line? – Por Esthela Solano-Suarez – Leia mais

A eclosão do Outro rompido, o toque de recolher e o analista como parceiro – Por Fernanda Otoni Brisset – Leia mais

Isolados com o infamiliar – Por Niraldo de Oliveira Santos – Leia mais

O triunfo do realPor Luis Francisco E. Camargo – Leia mais

O real está à solta… há uma estranheza no ar – Por Bibiana Poggi – Leia mais