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EDITORIAL

Por Sérgio de Castro – Diretor Geral da EBP

O ano de 2019 foi de intenso trabalho para a EBP e suas Seções. Santa Catarina, orientada pela Nova Geografia, criou espaços comuns com os colegas membros do Paraná. O Seminário da Orientação Lacaniana trabalhou o curso Extimidade de Jacques-Alain Miller. A Jornada Anual da Seção teve como título Tempo de sonhar, instante de despertar e teve como convidados Gustavo Dessal e Irene Kuperwajs que fez seu testemunho de passe.

A Seção São Paulo, em sua nova sede, acolheu, tendo no horizonte o termo Segregação como referência para o biênio, as atividades promovidas pelas Diretorias de Cartéis e Intercâmbio e Biblioteca. Derivado de tal tema, a IX Jornada da Seção teve como título Solidão, e contou com a presença de Marie Hélène Brousse. As A.E. Sandra Grostein e Maria Josefina Fuentes fizeram ali seus testemunhos de passe.

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BIBLIÔ

Uma Biblioteca de Escola

Por Patricia Badari – Diretora de Bibliotecas

Dizer sobre uma Biblioteca de Escola pode ser uma proposta paradoxal. Mas tem sua lógica.

Se não há uma Biblioteca na EBP e sim as várias bibliotecas das Seções, pode se colocar como um equívoco dizer sobre uma Biblioteca de Escola. No entanto, este mesmo esclarecimento pode nos levar à outra equivocação, pois não se trataria de uma Escola – uma Escola Una.

Uma Escola é uma formação coletiva e só se sustenta como uma comunidade se cada um dos seus membros sabe sobre a natureza dos semblantes e se sabe que a natureza do Ideal, igual para todos, não é outra coisa senão uma causa para cada um, experimentada no nível de sua solidão subjetiva. Neste sentido, nos diz Jacques-Alain Miller, a Escola é um conjunto logicamente inconsistente; não há todo da Escola.

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CARTÉIS E INTERCÂMBIO

O cartel um laço com a causa

Por Nohemí Brown – Diretora de Cartéis e Intercâmbio

Se bem o que se apresenta aqui, das diferentes Diretorias de cartéis e intercâmbios das Seções, dá a impressão de uma colcha de retalhos, sua beleza e potência estão nisso mesmo. No tecido realizado em cada lugar, considerando as atividades sobre o cartel e o que reverbera de alguns intercâmbios com outros saberes.

Nesta colcha, costuram-se questões, ponderações e ideias que pulsam em cada Seção e que deram lugar a atividades ou que se decantaram das mesmas. Uma colcha viva que cobre parte do trabalho de Escola na EBP considerando o múltiplo das formações, dos lugares, dos momentos, porém sem perder a orientação. Neste sentido o cartel sempre nos ensina, trata-se de manter o laço não com um Um que unifica, senão com um Um que preserva a diferença, a dimensão irredutível da solidão com a própria causa, mas que abre as possibilidades de enlaçamento com o Outro, com a Escola. É uma forma de fazer Escola e de vivificar a letra de Freud, Lacan e outros. Nesse sentido, o vivo implica uma dimensão de prazer em aprender psicanálise, de outro modo se torna letra morta.

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SOBRE AS NOVAS TENTATIVAS DE REGULAMENTAÇÃO DA PSICANÁLISE

Por Luis Francisco Espíndola Camargo

Atualmente há dois projetos de lei em tramitação no Senado Federal com objetivo de regulamentar a prática do psicanalista. Os dois são de autoria do Senador Telmário da Mota, que colocou em marcha uma forte ofensiva em regular e legislar o campo da psicanálise. Na minha opinião, essas ações são obscuras, pois não sabemos as suas origens, isto é, os grupos ou indivíduos que representa, os interessados na regulamentação, assim como as razões que motivaram a reapresentação desta matéria.

Um único objetivo foi proposto pelo Movimento Articulação das Entidades Psicanalíticas Brasileiras para o ano de 2019, realizar ações junto aos parlamentares visando à rejeição destes dois projetos, a saber, o Projeto de Lei nº 174 de 2017 e o Projeto de Lei nº 101 de 2018 . No primeiro, a regulamentação da psicanálise é proposta de forma conjunta com as terapias naturistas; no segundo a regulamentação é proposta de forma independente para a psicanálise.

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