Editorial
Por Sérgio de Castro
Esse número do Correio Express, o primeiro desde o início da pandemia que não se apresenta como um número Extra, evidencia que a Escola tem sabido prosseguir com seu trabalho de transmissão em meio a condições tão inesperadamente infamiliares.
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BIBLIÔ
Precisamos contar com as bibliotecas
Por Louise Lhullier
Bibliotheke, a palavra grega para uma caixa onde são guardados escritos, traz consigo ao longo dos tempos a ideia de biblioteca como depósito. A tecnologia de informação aponta um futuro em que ela será cada vez menos identificada com um acervo físico e cada vez mais concebida como um centro de armazenamento e difusão de dados por meios eletrônicos. Contudo, mesmo nessa versão virtual, persiste algo da ideia de “depósito”, presente desde o tempo em que caracteres cuneiformes eram gravados em placas de argila. A biblioteca virtual, herdeira dessa ideia, é pensada como um colossal depósito de dados.
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DOBRADIÇA DE CARTÉIS
Um real que movimenta a Escola
Por Marilsa Basso
Um convite para falar “mais ainda” sobre “os cartéis nos tempos atuais” trouxe colegas a trabalho numa atividade da Escola Brasileira de Psicanálise Seção São Paulo1. Na apresentação de meu texto, afirmei que o funcionamento do cartel provoca movimento. Maria do Carmo Dias Batista me interrogou o que seria esse movimento. Imediatamente fiquei com o eco do significante que utilizei, pensando em como um movimento, termo muito utilizado quando nos reportamos a um corpo, um objeto em ação ou, ainda, a movimentos políticos, poderia ser sustentado neste contexto atual.
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PORVIR
O sentido e os seus dejetos
Por Romildo do Rêgo Barros
Talvez a expressão mais usual para definir a função do analista, entre os que seguem o ensino de Lacan, seja a de objeto, ou de “semblante de objeto”. O analista faz semblante de objeto. Cada um de nós costuma dizer que o analista não opera como sujeito.
Ou seja, o analista é aquele cuja presença – sua presença, não seu lugar na sociedade – torna possível que surja em cena, ou na cultura, o objeto-dejeto, de certa forma transformado pela vestimenta do semblante. Penso que essa função de semblante atinge, aliás, não somente o objeto, mas também outras funções que se manifestam em uma análise, como de Outro, ou mesmo de sujeito.
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ALINHAVOS
Por Ernesto Anzalone
Escolhemos, para acompanhar esta Correio Express, o projeto fotográfico do artista russo Oleg Gabisov (Karman Verdi), intitulado “There are so many ghosts at my spot”. Nesta série, o fotógrafo e ilustrador nos confronta com as ausências físicas durante a quarentena. Por meio de um projetor, ele expõe o vazio que a presença virtual escancara.