Por Sérgio de Castro
Esse número do Correio Express, o primeiro desde o início da pandemia que não se apresenta como um número Extra, evidencia que a Escola tem sabido prosseguir com seu trabalho de transmissão em meio a condições tão inesperadamente infamiliares.
Os textos desse número de alguma forma repercutem e avançam sobre questões que laçam alguma luz sobre nossas condições atuais. O de Romildo do Rêgo Barros, resultado de uma intervenção on-line numa atividade preparatória ao XXIII Encontro Brasileiro do Campo Freudiano – que se realizará em data e condições que brevemente serão divulgadas – aborda a questão do sentido e de seus resíduos, produzidos ao longo da tortuosa história de uma língua e de uma palavra. Luise Lhulier, partindo da ideia de que bibliotecas podem ser pensadas como depósitos, nos pergunta se com a tecnologia de informação do futuro – mas por que não de nosso atualíssimo presente! – não poderão também, mesmo que concebidas virtualmente, serem pensadas como tais, numa aproximação possível, e num plano virtual, com a noção de resto! Já Marilsa Basso, refletindo sobre “os cartéis nos tempos atuais” e o movimento que, a partir de um funcionamento virtual, poderiam produzir, enfatiza o que de tal movimento será um movimento político. Uma “cartelização generalizada” da EBP parece ser o esboço de resposta que ela nos propõe!
Boa leitura!