Por Bibiana Poggi – Diretora de Biblioteca EBP-Seção PE
Partimos do que escreve Freud [1] a respeito do infamiliar, ou seja, aquilo que se relaciona ao assustador, mas que remete ao conhecido, retornando ao mesmo. Esta compulsão a repetição é percebida como o estranho, diz-nos Freud.
Neste sentido, destaca-se que o próprio encontro com a linguagem é um encontro com o estranho/estrangeiro. O encontro com alíngua, cujo produto é gozo, aquilo que segundo Lacan [2] é sentido, mas, do qual nada se sabe dizer.
Do mesmo modo, o gozo feminino consiste no que há de mais estranho e ao mesmo tempo mais íntimo para cada falasser, afirma Bassols.[3]
Assim, a proposta de trabalho da biblioteca da EBP-Seção PE consiste na investigação de possíveis pontos de aproximação e distanciamento entre o infamiliar e o feminino.
A atividade da Biblioteca será mensal, tendo início no dia 07/04, quando serão discutidas algumas questões sobre o tema “O infamiliar e o feminino”.
A aposta é a de que, a partir do mês de maio, seja possível estabelecer a conversa com outros saberes, como proposto pela diretoria geral de biblioteca, para dialogar com a arte, com o infamiliar que pode ser expresso pela arte.
Neste sentido, foi reservado um encontro para o Cinema na Biblioteca, um espaço para discussão de filmes. Da mesma forma, um encontro para Literatura na Biblioteca. No mês de maio acontecerá o lançamento do livro de Elisa Alvarenga, “A neurose obsessiva no feminino.”