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Narcissus Garden 2011 inhotim
Por Patrícia Badari – Diretora de Biblioteca da EBP
O infamiliar, Das Unheimliche. A tradução, o intraduzível. O dizível, o indizível.
Como dizer o indizível – o feminino infamiliar? Este é o programa de pesquisa para 2020 na EBP que culminará com seu XXIII Encontro Brasileiro do Campo Freudiano, em novembro. E esta é a pergunta lançada aos diretores de Biblioteca da EBP para uma discussão entre e a partir das Bibliotecas.
Como bem diz Jacques-Alain Miller em seu curso “O ser e o Um” (aula 5, inédita), “o que Lacan viu pelo viés do gozo feminino, ele generalizou, até fazer dele o regime do gozo como tal. (…) o gozo reduzido ao acontecimento de corpo”.[1]
Como dizer sobre um gozo não simbolizável, indizível, que tem afinidades com o infinito? Como dizer sobre o que em cada um de nós é o mais ignorado, mais íntimo e mais desconhecido? Como dizer deste feminino, mais além do gênero, como nos coloca Miquel Bassols em sua conferência na Espanha? [2]
Os escritores, cineastas, artistas plásticos, poetas, músicos, a arte popular das ruas de nossas cidades… como dizem sobre este indizível?
Este trabalho está lançado. E o trabalho com o texto de Freud “Das Unheimliche” (1919) é o ponto de partida das discussões que ocorrerão a partir das Bibliotecas da EBP. Vocês já poderão ler, a seguir, o que sustentará esse trabalho em algumas de nossas Bibliotecas. E logo lerão das demais.
Um laço de trabalho está lançado. Boa leitura!