No dia 26/11/2015 a Ação dobradiça da EBP, em parceria com a Seção SP, A livraria Blooks e a Ed Subversos realizou em São Paulo, a primeira edição de Conversações.
A cada um, seu sexo?
Esta foi a questão lançada para estabelecer uma conversa entre a cartunista Laerte, a cineasta Tata Amaral com a mediação do psicanalista carioca Marcus André Vieira.
Sabemos que para a psicanálise é simplesmente impossível dizer o que é um homem e o que é uma mulher. De fato, frente a tal impossibilidade, a psicanálise se ocupa das relações dos sujeitos com seus modos de gozo e não das identidades de gênero. Ou seja, acredita-se que cada um se vira, a sua maneira, com o corpo que tem.
Na atualidade, podemos observar uma interessante dicotomia: por um lado, movimentos que partem da ideia do fim do binarismo homem-mulher convocam cada um a se definir a partir de sua “própria sexualidade”, defendem o “direito ao gozo” e uma “democracia sexual”; por outro, temos uma cultura que insiste na ditadura heteronormativa dando mostras de segregação evidentes dos que não se “encaixam”.
O encontro para tratar de tema tão instigaste, resultou numa conversa ao mesmo tempo densa e muito animada e divertida!
Pudemos ouvir da Laerte um depoimento franco em torno da questão sobre o que é ser mulher? e também, um panorama explicitado por ela da enorme diversidade que abarca os “transgêneros” na atualidade. Com a mediação cuidadosa e bem humorada de Marcus André, Tata Amaral foi, com seu depoimento sobre a questão feminina e feminista que aparece em seus filmes, alinhavando as colocações de Laerte com as questões de preconceito no Brasil de forma muito interessante.
Contamos também com a intensa participação do público na conversa!