Respostas:
É preciso reduzir crimes, não crianças. Isto requer melhores políticas sociais. E quanto tempo falta para atingirmos a maioridade social? (Marcia Zucchi – RJ)
Reduzir a idade é também diminuir as possibilidades! (Eduardo Lucas Andrade – MG)
“Mal-dita” maioridade: A responsabilização juvenil não se restringe a uma questão penal. É possível apostar mais nas conexões com a palavra do que no silêncio que aprisiona! (Renata Dinardi – MG)
Um sonho: um bando em nossa direção. Arrastão?! Medo!! Ergo as mãos. Batemos palmas a entoar uma cantiga. Todos na cena parecem despertar. Risos. Uma grande roda a girar. (Andrea Vilanova – RJ)
Há 18 anos trabalho no DEPEN-PR. Aplico ali contribuições da Orientação lacaniana. Que ninguém com menos de 18 veja o que eu vejo lá dentro! (Cesar Skaf – PR)
Não à redução. Chega de tomar como guia saberes normativos e repressivos. É preciso, ao contrário, alguma abertura para os saberes íntimos de seus sintomas e de seus corpos falantes. (Jésus Santiago – MG)
Num mundo em que a relação ao Outro é precária, por que não apostar na Lei Jurídica como escrita necessária para um ordenamento do real do gozo nos menores infratores? (Zelma A. Galesi – PR)
Se o governo fizesse sua parte, o tema da redução da maioridade penal nem seria cogitado. Ao adolescente, não é segregar. É orientar. (Luiz Gonzaga – SP)
Aprendemos com Célio Garcia, e recentemente com Obama, que a desobediência é a essência da adolescência. Quem nunca acolheu não pode punir! (Miguel Antunes – MG)
Os adolescentes denunciam com a expressão “Não dá nada para mim!” as inúmeras dificuldades de implementação do ECA, uma legislação inovadora que prevê a combinação das responsabilidades social e individual. (Raquel Marinho – MG)
A redução da maioridade penal é o sequestro do futuro. Só se pode esperar o pior quando, frente às pulsões agressivas, a resposta é a segregação. (Flávia Cera – PR)
Por amor, contra a redução da maioridade penal! (Laís Plattek – RJ)
No império das imagens acredita-se ser possível lidar com o jovem infrator diminuindo a faixa etária, na crença de que ele poderá ser melhor controlado. Mas o real continua a escapar, e ele a não ser visto, ficando apenas mais uma imagem. (Leny Mrech – SP)
Redução da maioridade penal é violação de Direito Fundamental do adolescente! Responsabilizar, sim; violar, nunca! (Rosemary Carvalho Rocha – MG)
Resposta ao medo do qual não queremos saber? Tentativa de segregar os jovens que nos lembram da nossa falência em lhes dar um lugar? (Franciele Almeida – RJ)
Para falar de maioridade penal no Brasil, é preciso regressar a seu nome. Não perguntaram aos índios. Como aos negros, lidos “mão de obra”. Ensaio sobre a cegueira. (Gisela Gold – RJ)
A “redução da maioridade penal” promove um discurso do ódio, deslocando o foco do que aí está em jogo: intolerância em relação a um gozo tomado como ruim (mau) e que se quer aniquilar. (Teresinha Natal Meirelles do Prado – SP)
A maioridade penal marca o adolescente pela transgressão. Seria melhor acolhê-lo por sua invenção. Apostar na diferença é não segregar! (Henri Kaufmanner – MG)