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DIRETORIA DE BIBLIOTECA

Biênio 2021-2023

Por Ana Beatriz Freire

“A Biblioteca é ilimitada e periódica. Se um eterno viajante a atravessasse em qualquer direção, comprovaria ao fim dos séculos que os mesmos volumes se repetem na mesma desordem (que, reiterada, seria uma ordem: a Ordem). Minha solidão alegra-se com essa elegante esperança.” (A Biblioteca de Babel – Jorge Luis Borges)

Como afirmou a nova diretora da EBP-seção Rio, Ruth Cohen, um novo tempo se inicia e, com ele, novos desafios frente à pandemia da Covid 19, que se impõe em proporções universais, exigindo-nos novas invenções na nossa solidão, no infinito particular, de cada um. Infinita solidão que vai em direção à aposta de fazermos laço com os colegas seguindo a orientação da Escola, do Campo Freudiano, em suas três dimensões sintetizadas por Laurent,[1] epistêmica, clínica e política. A biblioteca, ainda que no recurso virtual, ilimitada e periódica, seguirá dentro do possível as atividades já realizadas pela diretora de biblioteca anterior, Andrea Vilanova:

– Primeiramente, mantendo firme as propostas apresentadas pela FIBOL[2], em particular, dar seguimento e manter o ensino, a ação lacaniana, abertos aos interessados em psicanálise, no sentido mais extenso, participando na cidade.

– Retomando a expressão de Jacques-Allan Miller, no sentido “de dedicar-se à ‘educação freudiana’ da população”, pretendemos continuar a abrir as portas da biblioteca, acolhendo, mesmo que de forma on line, a rede possível entre psicanalistas, praticantes da formação do inconsciente e os não analistas.

– Como acolhimento da produção e interlocução do Campo freudiano, lugar imanente de pesquisa, intercambio e curiosidade epistêmica/clínica, a biblioteca seguirá com o projeto de manter firme o campo da palavra inaugurada por Freud, do retorno a este por Lacan em suas próprias invenções, da reinvenção de Miller e comentadores, acolhendo o que de vivo se abre como publicações e debates na rede do Campo Freudiano com portas abertas para a cidade.

– Pretendemos seguir, na topologia da banda de möebius, uma extimidade com outros saberes na interface com a psicanálise e abrir, não sem torção, nossas inquietações clínicas e conceituais ao que se passa na política de forma mais ampla.

Nesses tempos sombrios, esperançar, como afirmou Paulo Freire com Stella, é preciso para resistirmos e tratarmos a impotência, nos orientarmos em direção ao impossível, através do saber fazer da rede, infinita e periódica, necessária e contingente, e através do que pudermos construir como lugar de conversação do que nomeamos nossa biblioteca.

Coordenação: Ana Beatriz Freire (diretora)

Comissão:

  • Clarisse Boechat
  • Cristina Duba Silveira
  • Felipe Vianna Pinheiro
  • Isabel Barata Adler
  • Jeanne Marie Costa Ribeiro
  • Maria Cristina Antonio Jeronimo
  • Maria Elisa Delecave Monteiro
  • Maria Inês Lamy
  • Viviane de Lamare
[1] Laurent, É. “Política do passe e identificação dessegregativa”. Opção Lacaniana, nº 82. São Paulo: Eolia, 2020, p.47.
[2] FIBOL – Federação Internacional de Bibliotecas de Orientação Lacaniana do Campo Freudiano (FIBOL), criada em 1990, impulsiona o desenvolvimento de Bibliotecas de psicanálise e disciplinas afins, favorecendo os intercâmbios entre elas. Associação sem fins lucrativos, fundada por Judith Miller

Biênio 2019-2021

Andréa Vilanova

A psicanálise nasce com Freud a partir da leitura e do deciframento do inconsciente, tomado como texto, como matriz que, se por um lado, universaliza-se na estrutura da linguagem, por outro, singulariza-se no relato, naquilo que cada analisante experimenta ao tentar fazer passar pela palavra o vivido em ato ou em sonho.

Trata-se, portanto, na experiência, de um encontro com o limite da palavra frente ao que da letra, marca viva da escrita na vida em cada um, pode ser soletrado. Como leitores que escrevem, somos convidados à construção de nossa Escola e, nisso, a Biblioteca tem um papel fundamental como acervo, lugar de registro, mas, também, de invenção.

Apostamos em fazer do lugar da Biblioteca uma ocasião para colocar em prática sua função fundamental de manter as portas abertas, recebendo tanto a comunidade de interesse dirigida ao saber da psicanálise, como também mantendo a abertura necessária para recolher o que encontramos, a cada vez, a cada época, e que pode nos instruir sobre o lugar renovado da psicanálise na cultura e da cultura na psicanálise.

Ao longo desses dois anos, tomaremos alguns fios para tecer nosso trabalho. Interrogaremos o papel do acervo digital, com o tratamento dos registros que produzimos na Seção. Mergulharemos nos litorais da língua, em uma incursão pelas manifestações poéticas que brotam pela cidade partida, problematizando possíveis funções e efeitos, tocando nos pontos de interseção entre a poesia e a psicanálise. E, ainda, abrigaremos iniciativas que leiam e se permitam ler, a partir do encontro da psicanálise com a cultura, como o projeto “Leituras em Cena”.

Nossa biblioteca está de portas abertas!

Coordenação: Andréa Vilanova

Comissão:

  • Anna Luiza de Almeida e Silva
  • Carla de Sá Freire C. Cunha
  • Geisa de Assis
  • Heloisa Shimabukuro
  • Jessica Nogueira Gomes (biblotecária)
  • Maria Antunes Tavares
  • Maria Corrêa de Oliveira
  • Marina Morena Torres
  • Ondina Machado
  • Patricia Paterson
  • Paula Legey
  • Renata Estrella

Secretaria da Biblioteca

Rua Capistrano de Abreu nº. 14/16

Botafogo, Rio de Janeiro/RJ. CEP: 22.271-000

Tel/fax: (21) 2539-2721

E-mail: biblioteca@ebprio.com.br

Horário de atendimento: 2ª à 5ª de 15:00h às 21:00h e 6ª de 10:00h às 16:00h.

 

Bibliotecária: Jessica Nogueira Gomes

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