Caros Colegas,
Chegamos ao último número da Correio Express de 2018. Nela, circulamos tantas vezes o tema do XXII Encontro Brasileiro “A queda do falocentrismo. E suas consequências para a psicanálise”. Agora, publicamos algumas dessas consequências com três textos apresentados na mesa “Democracia e Mercado”. Na seção Dobradiça, mais dois textos. Um deles, na esteira do Encontro, trabalha o que muda na formação do analista com a queda do falocentrismo. Que relação entre saber/objeto é possível? Uma das apostas é o cartel. E este, por sua vez, passa por uma pergunta: Cartel virtual? Há uma nova forma de funcionamento desse dispositivo em jogo: o que muda e o que se mantém da sua lógica?
“Onde se queimam livros, acaba-se queimando pessoas”. Esta frase de Heine poderia ser o pano de fundo dos textos Fogo frio e Banalidade do mal – Ódio de si? Eichmann e Fahrenheit 451 são trazidos à baila. O cenário já não é mais o mesmo, ambos estão ali como uma espécie de precursores que nos ajudam a lançar pequenos pontos de luz no presente. Como pensar as bibliotecas num tempo em que operadores de dados organizam um mundo desconectados do saber? Quais as nuances do que Arendt nomeou como banalidade do mal no mundo contemporâneo?
Por fim, um texto sobre a extimidade e outro sobre uma conversação acerca do suicídio, nos ajudam a tecer o lugar da palavra em torno dos vazios que assinalam um ponto de impossível sobre o qual nos orientamos.
Que a leitura deste número seja um fôlego para o ano de 2019 que se anuncia cheio de desafios. Boas festas!
Flávia Cêra
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